segunda-feira, 25 de outubro de 2010

And I never meant to cause you trouble
I never meant to do you wrong


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Passaram 8 meses... e já ficou tão esquecido.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Cão, como nós...

2h 24 - cansado e já a pensar na minha cama, desci do autocarro e iniciei o meu percurso até casa, como em tantas outras vezes... Mas passaram poucos segundos até que tudo fosse diferente. Aquele cão, que ali estava na esquina do jardim, olhou para mim e de imediato começou a agir como se eu fosse o dono. Assim, sem mais nem menos, sem eu lhe acenar, sem olhar para ele, sem lhe dizer nada... Simplesmente começou a caminhar atrás de mim...
Achei estranho, mas pensei que só ia dar meia dúzia de passos comigo e que depois voltaria para trás. Enganei-me... e quando o percebi, comecei a parar e a mandá-lo embora ou a dizer-lhe "fica aí". Ele parava, olhava para mim, dava sinal de que iria ficar por ali. Mas quando eu virava costas e reiniciava o percurso, lá vinha ele. Tentei de tudo naqueles 10minutos até casa. Andar mais depressa, atravessar a rua, mandá-lo embora, confesso que até tentei esconder-me dele por trás de arbustos e carros. Só que o cão, branco e aparentemente bem tratado para um cão de rua, já agia como se eu fosse mesmo o dono, como se eu tivesse estado sempre ali. Até quando me escondia ele vinha à minha procura rapidamente, como se tivesse perdido peça importante na vida dele.

2h34 - Aquele curto caminho até casa tinha hoje durado um pouco mais, naquele bailado para tentar evitar este desfecho. Ali estávamos, eu e um cão que nunca tinha visto, à porta do meu prédio. Fiz-lhe uma festa na cabeça e de imediato se sentou no chão, como que a prestar-me vassalagem. Pedi-lhe para não vir atrás de mim, mas ele não percebia... Entrei no prédio, a porta fechou-se. O cão veio até à porta do prédio, deitou-se lá e ficou a olhar para mim, como que não percebendo o porquê daquele afastamento. Custou-me entrar no elevador e subir, senti um enorme aperto no coração. Cheguei a casa e lá estava o meu cão à minha espera. Só lhe disse "nem sabes a sorte que tens"... e vim para a cama. Passou quase uma hora e meia desde que saí do autocarro, cansado, e ainda não consegui dormir.

... e pensar que, por tantas vezes, já fui "o cão" desta história.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Nem sempre uma ponte consegue unir as duas margens... não "para sempre", pelo menos...

... Porque caiu, entre nós, a ponte que viu nascer tudo e que viu sedimentar, em muitos momentos.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Aprendendo a Aprender...

Após um tempo,
Aprendemos a diferença subtil
Entre segurar uma mão
E acorrentar uma alma,
E aprendemos
Que o amor não significa deitar-se
E uma companhia não significa segurança
E começamos a aprender...
Que os beijos não são contratos
E os presentes não são promessas
E começamos a aceitar as derrotas
De cabeça levantada e os olhos abertos
Aprendemos a construir
Todos os seus caminhos de hoje,
Porque a terra amanhã
É demasiado incerta para planos...
E os futuros têm uma forma de ficarem
Pela metade.
E depois de um tempo
Aprendemos que se for demasiado,
Até um calorzinho do sol queima.
Assim plantamos nosso próprio jardim
E decoramos nossa própria alma,
Em vez de esperarmos que alguém nos traga flores.
E aprendemos que realmente podemos aguentar,
Que somos realmente fortes,
Que valemos realmente a pena,
E aprendemos e aprendemos...
E em cada dia aprendemos.

José Luis Borges - "E aprendemos"

domingo, 3 de outubro de 2010

Nem sempre é possível titular momentos. Nem tão pouco sou bom a titular... sou melhor a contar, talvez... mas nem pra contar tenho tido a vontade necessária. Há quem tente cingir tudo a efeitos, mas esta história só poderia chamar-se "efeito coisa nenhuma". O sentido da história é zero, tão zero como o sentido do que estou para aqui a escrever...

Também me habituei a resumir momentos com músicas. Quando páro e olho para isto, parece-me mal que assim seja. Mas, ao mesmo tempo, parece-me cómodo e confortável. E como faz falta sentir-se algum conforto em alguma, mínima, coisa...

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

So there's nothing left to say?



you try to take comfort in words, but you're just turning into air...